vida dupla
Nunca sei do racional sem me perder
no imaginário. Ouso o desequilíbrio, me permito o naufragar e o reconstruir.
Transformo o mergulho em criação e penetro, mais uma vez, no sortilégio da
poesia. Transfigurada, tomo consciência da voz da razão, guardo a ternura
desaproveitada e abro olhos assombrados à vida que me reclama.
Do desequilíbrio, ou porque
escondido ou porque revelado, nasce a única grandeza que eu possa ter, no
âmbito do que faço.
Paro o trabalho no computador e vou
lá fora conversar com um pássaro.
@Jade
Dantas
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